Uma longa viagem com José Saramago, de João Céu e Silva


(...) por quanto sofrimento precisamos passar para que consigamos abrir os olhos e ver? (...) Fernando Meirelles (pp. 199)

O rastro do jaguar



LIVRO, O RASTRO DO JAGUAR, DE MURILO ANTÓNIO DE CARVALHO

Romance que venceu prémio Leya é sobre um índio regressado ao Brasil
A história de um índio Guarani regressado da Europa ao Brasil de finais do século XIX, onde se torna o aguardado chefe guerreiro da sua tribo, valeu a Murilo António de Carvalho o Prémio Leya 2008

Chama-se O Rastro do Jaguar e é o primeiro romance deste jornalista, escritor, argumentista e realizador de televisão brasileiro, de 60 anos, que concedeu uma entrevista à Lusa por telefone, a partir do coração da Amazónia, junto ao rio Tapajós, onde acaba de gravar um documentário.

«É um romance que se passa nos últimos anos do século XIX, um período que cobre três guerras aqui na América do Sul: a Guerra do Paraguai - Brasil, Uruguai e Argentina contra o Paraguai, que foi a principal guerra da América do Sul -, uma guerra pequena, a dos índios Guarani, para sobreviverem ao tumulto que estava sendo causado no sul do Brasil pela Guerra do Paraguai, e as últimas guerras dos índios Aimoré em Minas Gerais, quando eles foram praticamente extintos pelas forças do Governo brasileiro», disse à Lusa Murilo António de Carvalho, para situar a acção.

O livro, indicou, «trata fundamentalmente da vida de um índio brasileiro que foi criança para a Europa e que, nessa ocasião, está de retorno ao Brasil para reconhecer sua terra e seu povo. E quem o acompanha é um jornalista nascido em Portugal, Pereira, que é o narrador do livro».

Apesar de ter nascido em Portugal, o Pereira «acabou indo para França, trabalha num jornal francês e vem à América do Sul fazer a cobertura da Guerra do Paraguai. Junto com ele vem esse índio, que já tem 50 anos e é um músico», prosseguiu.

O índio - frisou - «acaba se tornando um jaguar (o Jaguar que dá nome ao romance), um chefe guerreiro esperado pelos índios Guarani, que são índios com uma profunda religiosidade, eles têm uma cosmogonia muito própria».

«E então, nessa confusão toda, eu consigo descrever historicamente as principais batalhas dessas três guerras e também mostrar um pouco da busca da Terra Sem Males, que é o principal objectivo dos índios Guarani, da cosmogonia Guarani», explicou.

No romance, o jornalista português, «que ficava aqui no Brasil com uma moça de Minas Gerais, volta para França, vai trabalhar lá, ela morre, e ele já está velho e quando volta ao Brasil, para viver na cidade onde ela vivia, na madrugada do primeiro dia do século XX, começa a narrar, em 'flashbacks', toda a sua experiência, toda a história que envolveu a sua vinda ao Brasil, as guerras e tudo o mais», resumiu o autor, no que classificou como «uma síntese um pouco ligeira» de um «livro muito grande», com quase 600 páginas, que escreveu «nos últimos quatro anos».

«Foram quatro anos de trabalho, porque implicou ir a Portugal, a bastantes lugares da França, Argentina, Uruguai... foi necessário fazer uma longa viagem por todas as regiões para adequar a parte de ficção com a parte histórica», concluiu Murilo António de Carvalho.

Fonte: sol.pt

Alhambra (Granada)



O Regresso do Paladino



"Aqui há um romance. A única coisa que lhe falta é dar-lhe forma"(...)

Antonio Sarabia

Changeling



antes fosse um bom argumento,
a uma história verídica.

Slumdog Millionaire



Uma história, poderá ser boa.
Sabendo contá-la, é de certeza!
“ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?”

Eça de Queiroz, 1867 in "O distrito de Évora"

Amália Rodrigues

Não é por acaso que este post, está junto com o anterior.
Não sei nada do processo do filme "Amália", nem de nenhum nome que conste da equipa criadora deste projecto.
Mas tenho a certeza de que o "idiota" desta criação,
plageou a essência do filme de Edith Piaf.
O resultado é o pior possível e
Amália, não o merece.



Cheia de penas
Cheia de penas me deito
E com mais penas
Com mais penas me levanto
No meu peito
Ja me ficou no meu peito
Este jeito
O jeito de querer tanto

Desespero
Tenho por meu desespero
Dentro de mim
Dentro de mim o castigo
Eu nao te quero
Eu digo que nao te quero
E de noite
De noite sonho contigo

Se considero
Que um dia hei-de morrer
No desespero
Que tenho de te nao ver
Estendo o meu xaile
Estendo o meu xaile no chao
Estendo o meu xaile
E deixo-me adormecer

Se eu soubesse
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias
Tu me havias de chorar
Por uma lagrima
Por uma lagrima tua
Que alegria
Me deixaria matar

Amalia Rodrigues/Carlos Gonçalves



Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha saudade
Foi por vontade de Deus
Que estranha forma de vida
Vive este meu coração
Vive de vida perdida
Que lhe daria um cordão
Que estranha forma de vida
Coração independente
Coração que eu não comando
Vives perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração independente
Eu não te acompanho mais
Pára , deixa de bater
Se não sabes aonde vais
Por que teimas em correr ?
Eu não te acompanho mais

La vie en rose



Non, Je Ne Regrette Rien - Não, Eu Não Lamento Nada
Non, rien de rien - não, nada de nada
Non, je ne regrette rien - não, eu não lamento nada
Ni le bien qu'on m'a fait - nem o bem que me fez
Ni le mal, tout ça m'est égal - nem a dor, tudo aquilo sou eu mesmo

Non, rien de rien - não, nada de nada
Non, je ne regrette rien - não, eu não lamento nada
C'est payé, balayé, oublié - nem o bem que está acabado e esquecido
Je me fout du passé - eu tiro sarro do passado

Avec mes souvenirs - com minhas recordações
J'ai allumé le feu - eu acendi o fogo
Mes chagrins, mes plaisirs - minhas aflições, meus prazeres
Je n'ai plus besoin d'eux - eu não os preciso mais

Balayés mes amours - meus amores idos
Avec leurs trémolos - com seus tremores
Balayés pour toujours - sempre esquecidos
Je repars a zéro - Eu parto com nada

Non, rien de rien - não, nada de nada
Non, je ne regrette rien - não, eu não lamento nada
Ni le bien qu'on m'a fait - nem o bem que me fez
Ni le mal, tout ça m'est bien egál - nem a dor, tudo aquilo eu sou

Non, rien de rien - não, nada de nada
Non, je ne regrette rien - não, eu não lamento nada
Car ma vie, car mes joies - porque minha vida, minhas alegrias
Pour aujourd'hui - para hoje
Ça commence avec toi - começam com você



http://www.youtube.com/watch?v=8YGXsw3XK9I

Kepa Junkera

Saramago, Luis Pastor e outros





Steve Jobs em Stanford


Pão Cu Manteiga


ATT00294
Enviado por piccola64

Friedrich Nietzsche



"Aquele que tem um PORQUÊ para viver pode suportar qualquer COMO."
– Friedrich Nietzsche

Orhan Pamuk

As velas ardem até ao fim (Sándor Márai)


Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular...